Sim eu jogo RPG, mas não matei minha namorada... ... Ainda!!!!
Assunto de mesa de café da manha na empresa tem dessas coisas, assumem as mais variadas formas, mas quase sempre remete ao preconceito sobre alguma coisa, hoje falávamos sobre estas coisas (futebol, Televisão, violência Travestida, etc.), quando surgiu o assunto no formato de piada, o RPG...

Faz algum tempo que não nos reunimos (saudades caras), mas eu jogava com muita freqüência até, esse tal RPG (Roller Playing game) ou como chamávamos entre nós JIP (jogo de interpretação de personagens), curtíamos tardes e as vezes até noites inteiras viradas movidas a salgadinhos pães com mortadela, as aventuras ficcionais de nossos personagens, chegávamos a nos apegar tanto a alguns que sempre queríamos incluí-los em outros cenários e aventuras. eram histórias memoráveis com tiradas inusitadas que entre a gente se tornavam piadas que no geral só a gente conhecia, querem um exemplo:
Ranger - eu quero um castelo
Mestre - puf apareceu um castelo
Ranger - bem grande
Mestre - puf o castelo cresceu ainda mais
Ranger - e que fique nas nuvens!
Mestre (segurando a gargalhada) - puf o castelo inteiro subiu para as nuvens
Ladino - (outra maneira de dizer ladrão) - legal... mas como é que a gente chega lá!

O mais interessante nessas aventuras era o papel do mestre (game máster, narrador, history teller, etc.), que gastava certo tempo criando toda uma cadeia de eventos para as aventuras dos PJ (personagens jogadores), criando e descrevendo em detalhes cidades, reinos, tavernas, pessoas, somente para ver os jogadores não seguirem por ali e ter que distorcer todos os eventos para caber nas ações dos personagens jogadores. Era ótimo ser mestre, mas era muuuiiito melhor ser jogador e acabar com qualquer expectativa de seguir um roteiro pré-programado.
Nosso atípico grupo de RPG nunca se relacionou muito bem com outros grupos de RPG justamente por não sermos completamente NERDs e nos relacionarmos com pessoas de fora do circulo curtíamos baladas, e namorávamos bastante, enfim éramos adolescentes normais que tinham um passa tempo saudável, além das loucuras que os adolescentes normais faziam, éramos roqueiros, rebeldes e deslocados no microcosmo em que vivíamos, mas, mesmo assim procurávamos nos relacionar com outros da espécie humana e viver na normalidade cotidiana encarando os preconceitos por jogar aquele jogo esquisito e tudo mais.


Nerdisses a parte o jogo estimula a leitura a criatividade e imaginação, logo desenvolve a capacidade de raciocínio e a escrita, fora que com tantas atividades assim a maioria permanece fora das drogas!